Diário de uma tese escrita em 30 dias #21 e #22

Aquele momento em que te dói tanto a zona da omoplata direita que dás por ti a amaldiçoar todos os santos por não teres nascido esquerdina.

O que é estúpido, porque a dor só mudava de sítio.

O que eu queria mesmo era ter nascido ambidestra. O jeitaço que essa merda me dava prá vida!! Mas também já li que os ambidestros são mais sugestionáveis e se eu tivesse nascido mais sugestionável já não era "indomável numa sociedade enjaulada" e já não tinha este blogue.

E eu gosto tanto deste blogue!!

"Fora de brincadeiras" - como aquela geração 5 anitos mais velha do que eu costuma dizer - nunca sofri tanto na minha vida. A primeira coisa que vou fazer depois de entregar esta maldita tese é marcar uma consulta no ortopedista. E lá vou eu pró meio das velhinhas levar daquelas massagens de fazer sofrer um morto.

Vá, a título da verdade, a primeira coisa que vou fazer mesmo é beber uns shotzinhos de tequila. À minha saúde e pela minha saúde!! Não sei se vocês sabem mas a tequila faz bem à coluna. Aliás, tenho pra mim que a tequila faz bem a tudo, principalmente à alma. Foi posta na terra para bem do Homem. É um remédio santo!! Até já me sinto a salivar tamanha é a minha vontade de perder a cabeça. Ela, que não gosta nada de estar no sítio, anda tão triste... Precisa de desorientação para estar feliz. Tadinha!

E já lá vão 256 páginas. 
Tive que ir ver quanto é que isso dá, em livro, e fiquei impressionada.


O meu medo, agora, não passa por não terminar a tese a tempo. Eu tenho a certeza que vou terminar, e ainda me sobram dias. O meu medo é a revisão da minha orientadora e o feedback que ela me irá dar. Resta saber o que, destas páginas todas (e das outras que ainda vou escrever) se aproveita. E resta saber se terei tempo para proceder às respectivas correcções. Medo. Muito medo...

So help me God.
Catarina Vilas Boas


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