Amanhã é outro dia

Estou morta! Quinta-feira tenho uma reunião com a minha orientadora (com quem não estava ou comunicava desde fevereiro) e tenho escrito como uma desalmada para ter alguma coisa que lhe mostrar. Com a Gazeta à mistura posso dizer que, nos últimos dias, não faço mais nada a não ser escrever. Para além de me doerem as costas de estar tanto tempo sentada e das massagens tortuosas que as fisioterapeutas me fazem a ver se a coluna me vai ao sítio, tou aqui tou a ganhar bolhas nos dedos. Para piorar a situação tenho uns livros da FLUP requisitados desde fevereiro cujo atraso na entrega me vai deixar com uma multa de valor desconhecido. Pesquisei em vão, pois não encontro valores em lado nenhum, espero que aquilo tenha algum tipo de teto ou estou f*dida. Não está fácil "ser indomável". Nem barato!

Vou tentar entregar a minha tese na época especial que termina em setembro, mais concretamente no dia 30. Uma vez que andei a "coçá-los" durante todo o ano letivo, o mais certo (e acertado) é andar neste ritmo durante este e os próximos dois meses. Nada de séries, nada de filmes, nada de noite. Um cafézinho ocasional será um luxo. Vou entrar de férias daqui a uma semana a estava a contar de deixar o pc em casa, na loucura. Já não vou deixar porque, ao fim da praia, vou escrever. E ler. E escrever. E anotar referências bibliográficas e citações e - a pior parte - analisar uma quantidade abismal de artigos do Expresso durante o Marcelismo, base do tema central que é a minha tese de mestrado.

Ninguém me manda procrastinar, é verdade. Assim como é verdade que no dia 30 de setembro vou apanhar uma tamanha carraspana de tequila, vodka e super bock que só apareço em casa a meio da tarde do dia 1. 

Agora vou dormir, que amanhã é outro dia e eu ainda tenho que preparar a roupa e a marmita. Toda eu fitgirl. Hoje foi dia de abdominais, amanhã nem tossir posso. Até me dói a alma.



Catarina Vilas Boas

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