Dantes era uma gaja que gostava de resolver mal-entendidos, pelo menos quando achava que estava a ser mal interpretada. Agora não, tou-me a cagar! Isso é uma coisa boa? Não me parece. É uma coisa má? Também não me parece. Tento olhar para isso como uma espécie de selecção natural da vida. Quem não me percebe, não merece a minha atenção. Quem não tem inteligência suficiente para perceber o que eu digo, como eu digo, não faz parte da minha fasquia.
Eu sei que eles não me percebem. Podia esclarecê-los? Podia. Se eles me perguntassem. Mas mesmo aqueles que perguntam, vou esclarecer para quê? Para daqui a dois dias ou dois meses haver outro "mal-entendido" a precisar de ser esclarecido? Não tenho paciência para andar nisso. Já tive. Agora não tenho. Mais vale cortar logo o mal pela raiz e ficar mal entendida de uma vez e para sempre.
Tenho consciência que há muita gente que não me percebe? Tenho. Se calhar há alguma coisa de errado comigo? Talvez. Não me interessa. Não quero saber. Essa é a beleza disto tudo. Porque se eu me importasse era capaz de ficar assim pró triste, mas como as pessoas, hoje em dia, me passam um bocado ao lado, continuo a viver bem a minha vida sem pensar muito nisso.
Isto é reflexo da tal frieza de que já falei aqui. Se calhar sou um bocado pró sociopata. But who cares? Eu não, com certeza.
Catarina Vilas Boas
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